Marcão, de Campinas, conta as emoções de ver seu time do coração jogar em Buenos Aires.
Uma viagem se torna lembrada pelo lugar visitado, e por aquilo que ali aconteceu.
Minha viagem inesquecível foi para Argentina. A cidade: Buenos Aires. O dia: 27 de junho de 2012, quarta-feira. O lugar: com certeza, La Bombonera. A ocasião: o jogo Boca Junior X Corinthians, primeira etapa da final da Libertadores de 2012. O momento exato: 40 minutos do segundo tempo. Lembro de cada detalhe, mas, para quem sabe o que é ter um time e como a gente sente em um jogo decisivo, acho que não precisaria contar nada. Vou tentar. Saímos de São Paulo na madrugada do sábado, em 3 carros; voltamos no sábado seguinte, prá ir pro Pacaembu no domingo. Chegamos à Buenos Aires na segunda feira, no fim da tarde, e ficamos esperando o jogo. Três dias comendo picanha argentina, legítima, e assistindo show de tango na Recoleta. A cidade só falava no jogão. “Vamos a conquistar el título en la Bombonera” era a frase favorita para provocar os brasileiros.
Na terça-feira fomos ao bairro de La Boca, ver o estádio e conhecer “La Pássion Boquense”, o museu que fica embaixo. Na quarta-feira, o jogo era à noite, mas não consegui almoçar direito. Estava impaciente. No final da tarde começamos os preparativos. Os itens mais importantes estavam no bolso: o ingresso e os tickets do ônibus do Obelisco para o jogo (ida e volta).
No estádio, a polícia organizava a confusão. Na Bombonera, a torcida visitante fica na parte de cima e tem que enfrentar uma escadaria. Se eles pensavam que iam deixar os adversários tão cansados que nunca mais alguém ia conseguir cantar, se enganaram! Subimos as escadas contando, até o final! (Confesso que cheguei de língua de fora.) Lá de cima, olhar para o campo e ouvir a torcida fez crescer um sentimento mágico, uma soma de medo e confiança. Na batalha da Bombonera éramos uns 3.000 corinthianos e 40.000 argentinos! Ver uma torcida daquele tamanho e ouvir os gritos de guerra deu um arrepio e exigiu que a gente fizesse alguma coisa pra mostrar nosso time merecia respeito. Eles cantaram e irritaram, mas nós também fizemos barulho e balançamos nossa bandeira.Ver meu time entrar em campo me deixou confiante. A partida começou morna, contida, um estudando o outro. O Timão não se alterou com as provocações; levou um ou dois sustos, daqueles do coração sair voando pela boca, mas aguentou: a marcação era forte, o meio-campo estava compacto, tudo na certeza. Até que, aos 27 do segundo tempo, Riquelme mandou pra Caruzzo, Santiago mergulhou de cabeça, Chicão tirou com o braço e Roncaglia marcou, no rebote. O caldeirão da Bombonera ferveu de vez! A torcida explodiu.Aí Tite resolveu reagir, trocou Danilo por Romarinho, e aconteceu a mágica: Romarinho recebeu a bola de Emerson dentro da grande área, cobriu o goleiro e fez um golaço! O silêncio apareceu de repente no estádio… mas nossa torcida gritou com força. Era a hora de mostrar porque estávamos lá e que conquistaríamos o título!
Quando o jogo parecia acabado e sabíamos que o empate seria um bom resultado para nós, Viatri carimbou o travessão. Susto! Se campeão também precisa mostrar que tem sorte, aquele foi o momento exato.
No domingo, no Pacaembu, o Coringão conquistou a taça. O troféu é memorável, mas inesquecível, mesmo, foi a viagem e aquele jogo. Valeu, Timão!
Esse foi o destino inesquecível de Marcão. Você já fez uma viagem mágica? Conta para a gente!
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