Em busca da Aurora Boreal

Ver a aurora boreal é umas daquelas experiências que muitas pessoas querem fazer pelo menos uma vez na vida. Mas esse espetáculo da natureza é imprevisível, então é preciso tomar alguns cuidados para aumentar suas chances de ver esse lindo fenômeno!

Em busca da Aurora Boreal

A aurora boreal é um fenômeno de luzes que surgem no céu durante a noite. Ela pode ser observada no inverno, nas regiões próximas ao polo Norte. O espetáculo também se repete no polo Sul, onde recebe o nome de aurora austral. Como no hemisfério norte há mais áreas visitáveis próximas ao polo (no sul o mar é majoritário), a primeira é mais comentada do que a segunda.
Para quem deseja ver uma aurora boreal ao vivo e a cores, há algumas regras básicas a seguir.

  1. Buscar locais onde o fenômeno costuma acontecer. Os especialistas indicam como pontos excepcionais: Svalbard e Tromso (Noruega); Alaska (EUA); Kiruna e Abisko (Suécia); Kilpisjarvi (Finlandia); White Horse e Yellow Knife (Canadá).
  2. Ir ao local escolhido na época mais propícia observar o fenômeno, em geral o mês de janeiro, no auge do inverno Ártico.
  3. Se munir de roupas adequadas ao frio intenso (as temperaturas são realmente baixíssimas), incluindo meias e botas, o que, felizmente, pode ser comprado ou alugado quando necessário.
  4. Para registrar o fenômeno, levar uma câmera fotográfica ou filmadora adequada, que permita longa exposição, e tripé.

No entanto, como trata-se de um fenômeno natural e, portanto, que não se sujeita à programação turística, ao chegar ao local escolhido você irá descobrir que estas precauções não são suficientes para o êxito do programa. Em nossa viagem a Tromso passamos uma semana e conseguimos ver a aurora uma vez. Para ampliar a possibilidade de observá-lo nos foram oferecidos alguns recursos adicionais. Claro que não perderíamos a oportunidade de tentamos todos!

Visita a fazendas de cachorros

Fomos informados que passar uma noite em uma fazenda de cachorros poderia ser útil já que a pouca eletricidade aumenta a visibilidade do céu, o que favorece a visão das luzes. As fazendas de cachorros são típicas da região próxima ao polo norte, e podem criar 200 a 400 Huskis siberianos. Além da espera pelas luzes boreais, outras atrações ajudam a fazer a noite passar, sobretudo a visita aos cães e as brincadeiras com eles, os passeios na neve em charretes (puxadas pelos cachorros, claro!), o livre acesso a bebidas, ao chá e ao chocolate quente, o consumo de petiscos assados na fogueira (gordurosos, como o frio exige). As cabanas rústicas construídas com estrutura de madeira encaixada são uma atração a parte.

Assessoria mística

Os guias também oferecem consulta a místicos (ou bruxos), que contam estórias sobre as luzes que tingem o céu, fazem previsões sobre onde encontra-las e qual dia será mais provável para que, segundo seu “mapa astral”, isso aconteça. Independentemente de acertarem (ou não) nas previsões, os magos dão um show de inventividade e impregnam o fenômeno de uma aura sobrenatural que dá asas à imaginação de todos.

Expedições com caçadores de auroras

Extremamente práticas e alicerçadas em dados extraídos de mapas climáticos, as empresas de caçadores de auroras se especializam em fazer a ciência trabalhar a seu favor, detectando as condições atmosféricas ideias para que o fenômeno se materialize. Além de aplicativos (como o Norway Lights) e sites (como o Tromso Geophysical Observatory), usam e abusam da tecnologia, mantendo conexão via celulares com pessoas que fiscalizam o céu em vários pontos e continuamente repassam informações precisas. Os caçadores formam grupos e se deslocam pela área com vans, dirigindo-se aos locais onde o fenômeno tem maior probabilidade de se manifestar. As caçadas duram entre 6 e 8 horas, mas podem prorrogar-se por mais tempo, de acordo com o contrato.

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